terça-feira, 29 de julho de 2014

Animais Marinhos Peçonhentos

CONUS: 

O conus é um molusco que habita o interior de uma concha espiralada, cônica e assimétrica medindo de 2 a 5 cm e coloração não padronizada e é encontrado em todo o litoral brasileiro, este animal possui um pequeno tubo como um “sifão” que ele usa para prover a água rastreando assim suas presas. Possui também uma pequena tromba com um dente radicular ou dardo de 1,5mm que é usada para imobilizar pequenos peixes. Momentos antes de disparar o dardo o mesmo é preenchido por substância peçonhenta que tem efeito considerável no ser humano. 
De acordo com a espécie a picada pode produzir desde um efeito simples como prurido local ou parestesia (Parestesias são sensações cutâneas subjetivas (ex., frio, calor, formigamento, pressão, etc... que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação.) evoluindo para a ataxia (Ataxia reflete uma condição de falta de coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo.), tremores, dispinéia (Dispnéia ou falta de ar é um sintoma no qual a pessoa tem desconforto para respirar, normalmente com a sensação de respiração incompleta.) e disturbios sensoriais na motricidade e sensibilidade. Na maioria das vezes a picada é extremamente dolorosa, mais se o caso ocorrer nos oceanos Indico ou pacífico pode ser letal por existir espécies de peçonha que levam a complicações fatais ao ser humano. 
A indicação de tratamento mais usual é similar ao tratamento inicial de mordeduras de cobras peçonhentas, que vem a ser, colocar a vítima em repouso para evitar que a peçonha se espalhe, colocar bandagem sobre o ferimento causando uma leve pressão e diferindo somente ao ministrar compressas de agua quente, por volta de 50º celsius para diminuir a dor e é uma medida de suporte para evitar complicações cardiorespiratória e cardiovasculares, e o estado de choque nos casos mais graves e levar o paciente o mais rápido a uma unidade médica.



RAIA BICUDA OU RAIA MANTEIGA (Dasyatis americana) :

Características das arraias corpo cartilaginoso como seus primos os tubarões, tem corpo discóide. Seus hábitos podem ser bentônicos passando maior parte do tempo enterrada no fundo arenoso ou pelágico, em constante deslocamento natatório, e esconde de um a cinco ferrões ósseos em sua cauda, dependendo da espécie, geralmente usados em um ato de reflexo sempre para defesa Seu veneno, segundo relatos, pode até matar um homem ou levar a dores fortíssimas. A cauda de determinadas espécies que pode alcançar comprimento duas vezes maior que o corpo. A carne das arraias é na maioria das vezes pouco apreciadas para consumo humano. 
A melhor forma de prevenção é evitar manuseá-las e andar arrastando o pé no fundo arenoso para afugentá-las e evitar pisar sobre as mesmas, mais no caso de acidentes com estes animais é aconselhado banhar a área com água quente por volta de 50º Celsius e atendimento médico urgente devido à dor causada por estes animais. 
Outras raias peçonhentas cujos procedimentos são similares entre elas. 
- Raia pintada ou raia chita (Aetobatus narinari) 
- Raias prego (Dasyatis sp.) 
- Raia sapo (Myliobatis goodei) 
- Raia ticonha ou raia boi (Rhinoptera sp.) 
- Raia lixa (Dasyatis guttata)






 OURIÇO DO MAR: 

Quem pratica pesca em tocas nos costões pedregosos conhece bem este habitante do mar, mais talvez desconheça o fato dele representar perigo a mergulhadores e banhistas. 
E para quem não conhece este animalzinho, ele possui de 6 a 12 cm, corpo coberto por espinhos, os da parte inferior efetuam o trabalho de pseudo pernas e na captura de alimento, os demais na defesa do ouriço. 
Os espinhos são formado de um tipo de cone afiado e oco, muito quebradiço e recoberto de um muco urticante. A lesão neste caso ocorre por esbarrar ou pisar no animal e é bastante parecido com uma farpa o diferencial é que a farpa é quebradiça e o muco urticante pode causar inflamação local, inchaço, dor e febre. 
Se a penetração for pequena o tratamento indicado é a remoção cuidadosa dos espinhos 
Que pode soltar um pigmento escuro dando a impressão de estar roxo o local, não suturar devido à possibilidade de infecção posterior que caso ocorra deve ser tratada com compressas de água quente superior a 50º Celsius pelo fato da substancia urticante ser de composição protéica e para diminuição da dor e tratamento antibióticos segundo orientação médica e medicações de controle de reações alérgicas.  Já os inferiores em algumas espécies podem possuir em cada ponta três mandíbulas inoculadoras de peçonha, e a prevenção é o mais indicado, bastando não manuseá-lo mais se isso for realmente necessário que a área de toque não esteja desnuda.

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