Acidentes
escorpiônicos ou escorpionismo é o quadro de envenenamento provocado pela
introdução de veneno através de aparelho inoculador (ferrão) de escorpiões.
De
importância medica no Brasil são os representantes do gênero Tityus, com
varias espécies descritas:
T. serrulatus (escorpião amarelo): Com ampla distribuição desde a Bahia ate o Paraná e região central do país, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão em sua distribuição geográfica no pais, facilitada por sua reprodução partenogenética (só existem fêmeas) e fácil adaptação ao meio urbano.
T.
bahiensis (escorpião-marrom): Encontrado em todo o pais, com exceção da região Norte.
T.
stigmurus: espécie
mais comum no Nordeste.
T. paraensis (escorpião-preto) e T.
metuendus: encontrados na Amazônia. De acordo com a distribuição das
espécies de escorpiões encontrados no país, pode haver variação regional nas
manifestações clínicas.
Porém, de modo geral, o
envenenamento escorpiônico determina alterações locais e sistêmicas,
decorrentes da estimulação de terminações nervosas sensitivas, motoras e do
sistema nervoso autônomo. A grande maioria dos acidentes é leve e o quadro
local tem inicio precoce e duração limitada, no qual adultos apresentam dor
imediata, eritema e edema leves, piloereção e sudorese localizadas, cujo
tratamento é sintomático. Mioclonias e fasciculaçoes são descritas em alguns
acidentes por T. paraensis.
Já crianças abaixo de 10 anos apresentam
maior risco de alterações sistêmicas nas picadas por T. serrulatus, que
podem levar a casos graves e requerem soroterapia especifica em tempo adequado.
O quadro inicia-se com dor
local imediata, eritema e sudorese ao redor da picada. Em crianças, nas
primeiras 2-3 horas, podem surgir sudorese, agitação psicomotora, tremores,
náuseas, vômitos, sialorreia, hipertensão ou hipotensão arterial, arritmia
cardíaca, edema pulmonar agudo e choque. Os soros estão disponíveis em unidades
de saúde de referencia em todos os municípios. O tratamento da dor é
sintomático, com analgésicos ou infiltração anestésica. Os acidentes leves que
apresentam somente dor local não requerem soroterapia. No entanto, nos casos
moderados e graves deve ser administrada o mais precocemente possível com o
soro antiescorpiônico ou antiaracnídico.
Os escorpiões são animais
carnívoros e alimentam-se de grilos e baratas. Tem hábitos noturnos e muitas
espécies vivem em áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro ou próximo das
casas, onde encontram farta alimentação. Podem sobreviver vários meses sem água
ou alimento, o que torna seu controle químico com inseticidas praticamente
inexequível.
Prevenção de Acidentes
Aracnídeos (escorpiões e aranhas)
- Examinar roupas (inclusive as de cama), calçados, toalhas de banho e de rosto, panos de chão e tapetes, antes do usar;
- Manter berços e camas afastados, no mínimo 10 cm, das paredes e evitar que mosquiteiros e roupas de cama esbarrem no chão;
- Tomar cuidado especial ao encostar-se a locais escuros, úmidos e com presença de baratas.
Primeiros Socorros:
- Limpar o local com água e sabão;
- Procurar orientação medica imediata e mais próxima do local da ocorrência do acidente;
- Se for possível, capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde pois a identificação dos escorpiões ou aranhas causadores do acidente pode auxiliar o diagnostico.
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